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O que é Direção Defensiva?
Direção defensiva é um conjunto de técnicas e atitudes que os motoristas adotam para minimizar os riscos e evitar acidentes no trânsito.
O objetivo da direção defensiva é proteger a vida e a integridade física do condutor, dos passageiros e de outros usuários das vias.
Quais são as técnicas de Direção Defensiva?
Existem duas técnicas de Direção Defensiva:
- Preventiva;
- Corretiva.
A tabela abaixo destaca as diferenças entre elas.
Preventiva | Corretiva |
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A técnica preventiva é aplicada quando o condutor se antecipa às situações de risco. A técnica preventiva é a recomendada. | A técnica corretiva é aplicada para remediar uma situação de risco que não foi antecipada pelo condutor. |
É considerada de baixo risco | É considerada de alto risco |
Antecipa o risco | Não antecipa o risco |
Exige pouca habilidade | Exige muita habilidade |
Recomendável | Não recomendável |
Se na sua prova perguntar qual é a técnica de Direção Defensiva recomendada, você já sabe o que responder: Preventiva.
Quais são os fundamentos da Direção Defensiva?
Existem 5 (cinco) fundamentos a serem seguidos pelos condutores que querem praticar a Direção Defensiva.
1) Conhecimento | É o conhecimento da legislação, do veículo e dos tipos de perigo que podem surgir no trânsito. O conhecimento é adquirido pelo estudo. |
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2) Habilidade | É o domínio sobre o veículo que se desenvolve com a prática da direção. Além de saber as técnicas, deve-se ter os automatismos corretos para saber como se comportar em cada situação de risco. |
3) Atenção | É distribuir a atenção de forma estratégica, para que possa avaliar com agilidade os diversos riscos que podem surgir no entorno. No trânsito, a atenção adequada é a difusa. |
4) Previsão | É antecipar-se aos riscos, prevendo os atos dos demais motoristas, dos pedestres e de outras situações que podem ocorrer na via. Prever os riscos é fundamental para que o condutor consiga agir com habilidade e rapidez, sempre que necessário. |
5) Decisão | É agir com convicção ao deparar-se com uma situação inesperada, escolhendo a melhor alternativa para garantir a segurança de todos e evitar acidentes. |
Para facilitar a memorização, decore a sigla CHAPD, que é formada a partir da inicial de cada um dos fundamentos da prevenção de acidentes: Conhecimento, Habilidade, Atenção, Previsão e Decisão.
Quais são os principais equipamentos do veículo?
Os principais equipamentos de segurança (e que são cobrados com frequência na prova do DETRAN) são:
- Encosto de cabeça;
- Cinto de segurança;
- Airbag;
- Freios ABS.
Vamos ver com detalhes cada um deles.
Encosto de cabeça | Serve para apoiar a cabeça e proteger a região cervical de lesões. Deve ser regulado na altura da linha dos olhos ou das orelhas para evitar o “efeito chicote”, que é o movimento brusco do pescoço em caso de fortes impactos. |
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Cinto de segurança | Serve para evitar que os ocupantes do veículo, em caso de acidentes, sejam projetados contra as partes internas ou lançados para fora do veículo. |
Airbag | Serve para proteger o tórax e a face do condutor e do passageiro da frente. No caso de forte impacto, o airbag (que é uma bolsa de ar) se solta do painel com o objetivo de amortecer o impacto. É um item obrigatório nos veículos fabricados a partir de 2014. |
Freio ABS | Serve para evitar o travamento das rodas, reduzindo o risco de derrapagens em caso de freadas fortes e repentinas. Também é um item obrigatório nos veículos fabricados a partir de 2014. |
Veja a regulagem correta do encosto de cabeça, um dos equipamentos que mais caem na prova do DETRAN:.
- Para regular corretamente o encosto de cabeça, é preciso levar em consideração a altura do passageiro;
- O ideal é que o encosto esteja ajustado de forma que a altura do topo do encosto fique na altura do centro da cabeça do passageiro;
- O encosto deve estar firmemente fixado ao banco para evitar que se mova durante a condução.
Quando o encosto está na regulagem correta, ele pode reduzir o risco de lesões na coluna cervical em até 50%.
Quais são os tipos de cinto de segurança?
O Código de Trânsito Brasileiro estabelece que:
É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Um exemplo dessas situações seria: passageiros de ônibus de linhas urbanas em que se é permitido viajar em pé.
Agora, vamos dar uma olhada nos três principais modelos de cinto de segurança:
Cinto de 2 pontos | O cinto de segurança de 2 pontos é um dos primeiros cintos de segurança existentes. Sua principal característica é a proteção à cintura, impedindo que o corpo vá para frente em colisões ou frenagens bruscas. Porém, estudos foram surgindo e comprovaram que esse tipo de cinto causa problemas que afetam a coluna lombar. Dessa forma, a legislação passou a exigir um cinto que também protegesse os ombros. Logo, os modelos de 2 pontos se tornaram antiquados e hoje só aparecem nos bancos traseiros de veículos mais antigos. |
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Cinto de 3 pontos | O cinto de segurança 3 pontos tem disposição em formato de Y e protege, além da cintura, os ombros, tórax e bacia. A primeira patente do cinto de 3 pontos é atribuída à Volvo, que passou a fabricá-lo em 1959. O cinto de segurança 3 pontos é considerado o mais eficaz, pois o impacto é absorvido e distribuído por uma área maior do corpo humano. |
Cinto de 4, 5 e 6 pontos | Os cintos de segurança de 4, 5 e 6 pontos podem ser encontrados em jipes, carros de trilha, carros de corrida e nas cadeirinhas de bebê. Como podemos ver, é um tipo de equipamento presente em veículos e contextos em que uma segurança adicional é recomendada. Por ter mais pontos fixos, é capaz de evitar lesões graves em casos de capotamento ou colisões muito fortes. |
A pessoa grávida, seja motorista ou passageira, deve usar o cinto de segurança de 3 pontos. E a faixa subabdominal, como o próprio nome já indica, deve ser posicionada abaixo da protuberância abdominal.
É importante ressaltar que o uso correto do cinto de segurança durante a gestação não representa risco para o feto. Na verdade, é fundamental proteger tanto a mãe quanto o bebê em caso de acidente.
Como cuidar dos pneus do veículo?
Os pneus do veículo têm como funções impulsionar, frear e manter a estabilidade da direção.
Veja algumas dicas para aumentar a durabilidade e a segurança dos pneus:
- Fique atento às pequenas barras TWI entre os sulcos, pois são elas que indicam o desgaste dos pneus. Caso a altura das barras fique muito próxima da altura dos sulcos é hora de trocá-los;
- Mantenha sempre os pneus calibrados de acordo com o manual do veículo. Pneus murchos têm sua vida útil diminuída, prejudicam a estabilidade, aumentam o consumo de combustível e reduzem a aderência em pistas molhadas;
- Verifique se os pneus não têm bolhas ou cortes. Estas deformações podem causar um estouro ou uma rápida perda de pressão;
- Observe se há vibrações no volante ou se a direção do veículo está puxando para um dos lados. Estes são sinais de possíveis problemas na calibragem dos pneus, no balanceamento das rodas ou no alinhamento da direção.
O que é ergonomia?
Ergonomia é a ciência que estuda a relação entre o homem e a máquina. Seu objetivo é oferecer maior conforto e segurança aos usuários.
Um exemplo do avanço da ergonomia é a variedade de opções de regulagem do banco do motorista.
Na prova, é comum colocarem alternativas de respostas com palavras como "argonomia", "ergronomia" e outras, só para confundir. Fique atento e leia com atenção, o termo correto é: ergonomia.
O que é automatismo?
A palavra “automatismo” é muito usada na prova do DETRAN, por isso estude com atenção o seu significado no contexto da matéria de Direção Defensiva.
Automatismos são ações executadas pelo condutor de maneira inconsciente ou involuntária. Isto é, são ações “automáticas” que acontecem pelo hábito.
É importante saber que existem automatismos corretos e incorretos.
Automatismos corretos | Automatismos incorretos |
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Os automatismos corretos são aprendidos por meio de treinamento, para que o condutor aja da forma mais segura em situações inesperadas de risco. |
Os automatismos incorretos são os “vícios de direção”, manias que vão contra as boas práticas de Direção Defensiva.
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Quais são os tipos de atenção?
Na direção de um veículo, o condutor pode ter 3 tipos de atenção:
- Atenção fixa;
- Atenção dispersa;
- Atenção difusa.
Vamos saber mais sobre cada uma delas.
Atenção fixa | É uma conduta errada. É quando o condutor fixa a atenção em um único ponto. Exemplo: o condutor fica atento à frente do veículo, mas se esquece das laterais e da traseira. |
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Atenção dispersa | É uma conduta errada. É quando o condutor está disperso, sem ter foco na direção do veículo e no seu entorno. Exemplo: falar no celular, comer ou conversar demais com os passageiros enquanto dirige. |
Atenção difusa | É a atenção recomendada. É quando o condutor distribui sua atenção estrategicamente entre os vários pontos focais que devem ser observados para uma direção segura. Exemplo: dirige com o banco na posição correta, tem uma visão privilegiada de todos os pontos do veículo, movimenta a cabeça para eliminar os pontos cegos do veículo. |
Na sua prova pode aparecer uma questão assim:
"Você está conduzindo o seu veículo e percebe que alguém à sua frente dirige de forma perigosa. Qual deve ser a sua postura em relação a esse condutor que dirige de forma perigosa?"
Entre as alternativas pode estar a seguinte opção:
"Não tire os olhos dele, pois ele representa um alto risco, para você e para o trânsito".
Esta alternativa está errada, pois “não tire os olhos dele” é um exemplo de atenção fixa, que é uma conduta incorreta.
O que é imperícia, imprudência e negligência?
As principais causas dos acidentes de trânsito estão relacionadas a três fatores:
- Falhas mecânicas do veículo;
- Problemas nas condições da via;
- Falhas humanas.
As falhas humanas são responsáveis por cerca de 90% dos acidentes e podem ser geradas por três tipos de atitude: imperícia, imprudência e negligência.
Imperícia | Imprudência | Negligência |
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A imperícia é a falta de habilidade, falta de treinamento, falta de domínio sobre o veículo. Exemplo: esbarrar no carro de trás ao tentar fazer uma baliza. | A imprudência está relacionada a um ato inseguro praticado pelo condutor. Exemplo: avançar o sinal vermelho. | A negligência é a indiferença do condutor diante de uma condição adversa, que pode estar relacionada a um descuido com a manutenção do veículo ou com perigos do ambiente. Exemplo: esquecer de verificar se os pneus estão em boas condições. |
O que é aderência?
A aderência refere-se à capacidade do pneu de se agarrar à superfície da pista.
A aderência adequada é fundamental para a condução segura, pois permite que o veículo acelere, freie e vire de maneira eficaz e controlada.
A aderência pode ser influenciada por vários fatores, incluindo:
Velocidade | Quanto maior a velocidade, menor a aderência. |
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Condição dos pneus | Pneus desgastados ou mal calibrados podem ter a aderência reduzida. |
Condição da pista | A superfície da pista pode afetar a aderência. Por exemplo, estradas molhadas ou cobertas de gelo podem reduzir a aderência. |
Tipo de pneu | Diferentes tipos de pneus têm diferentes níveis de aderência. Por exemplo, pneus de verão podem não ter aderência suficiente em condições de inverno. |
Dessa forma, para melhorar a aderência é importante:
- Reduzir a velocidade se as condições do pavimento ou do clima forem desfavoráveis;
- Fazer revisões no veículo dentro da periodicidade recomendada pelo fabricante;
- Rodar com pneus bem calibrados e em boas condições, ou seja, nada de pneus "carecas".
O que é aquaplanagem?
A aquaplanagem é um fenômeno que acontece quando os pneus do veículo, ao passarem sobre uma camada de água, perdem o atrito com o solo.
Quando isso acontece, o carro “flutua”, pois os pneus deixam de tocar o pavimento devido a uma fina camada de água formada entre eles e a pista.
Se o motorista não estiver preparado, pode perder completamente o controle da direção.
O que fazer | O que não fazer |
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“Esterçar” é mover levemente a direção do veículo para a direita e para a esquerda. Essa palavra aparece quase sempre em questões sobre aquaplanagem e derrapagem.
O que é transferência de massa?
Transferência de massa é a troca de pesos entre os eixos dianteiro e traseiro, em razão da aceleração ou desaceleração do veículo.
Para entender os conceitos de sub-esterçamento e sobre-esterçamento que acontecem na transferência de massa, veja a tabela abaixo.
Na prova do DETRAN, em vez de “subesterçamento” e “sobre-esterçamento” podem aparecer os seguintes termos equivalentes: comportamento subesterçante e comportamento sobre-esterçante.
Sub-esterçamento | Sobre-esterçamento |
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Quando o veículo está em aceleração, o eixo de trás é sobrecarregado e o eixo da frente fica mais leve, perdendo a aderência. Essa perda de aderência no eixo da frente é chamada de "sub-esterçamento". | Quando o veículo está em desaceleração, acontece o contrário: o eixo da frente é sobrecarregado e o eixo de trás fica mais leve, perdendo a aderência. Essa perda de aderência no eixo de trás é chamada de "sobre-esterçamento". |
Aceleração | Desaceleração |
Peso do eixo de trás | Peso no eixo da frente |
Eixo da frente fica mais leve e desprende | Eixo de trás fica mais leve e desprende |
Veículo é jogado para FORA | Veículo é jogado para DENTRO |
Ação da força centrífuga | Ação da força centrípeta |
O que é força centrífuga e força centrípeta?
Força centrífuga | A força centrífuga está relacionada com o comportamento de sub-esterçamento do veículo, que é a perda de aderência dos pneus dianteiros. A força centrífuga tende a jogar o veículo para fora da curva. |
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Força centrípeta | A força centrípeta está relacionada com o comportamento de sobre-esterçamento do veículo, que é a perda de aderência dos pneus traseiros. A força centrípeta tende a jogar o veículo para dentro da curva. |
Cuidado para não confundir força centrífuga e força centrípeta. Os nomes são complicados e bastante cobrados na prova do DETRAN. Use a dica do "F" para garantir esse ponto (veja abaixo).
Força centrífuga:
- As 4 últimas letras da palavra "centrífuga" formam a palavra FUGA;
- O veículo é jogado para FORA;
- A FRENTE do veículo se desprende do chão.
O que são condições adversas?
As condições adversas no trânsito são situações que tornam a condução de veículos mais perigosa, desafiadora ou difícil.
Uma dica geral para qualquer situação que represente uma condição adversa é a seguinte: reduza a velocidade e redobre a atenção.
Essas condições podem resultar de fatores naturais, falhas técnicas, comportamento humano inadequado ou outros eventos imprevistos.
As condições adversas são classificadas em 6 tipos:
- Iluminação;
- Tempo;
- Via ou pista;
- Trânsito;
- Veículo;
- Condutor.
Quais são os tipos de colisão no trânsito?
No trânsito, podem acontecer vários tipos de colisão.
Elas podem envolver um ou mais veículos, como também outros usuários do trânsito e objetos fixos.
Alguns dos principais tipos de colisão são:
- Colisão com o veículo da frente;
- Colisão com o veículo de trás;
- Colisão frente com frente;
- Colisão no cruzamento;
- Colisão na ultrapassagem;
- Colisão misteriosa;
- Colisão com objetos fixos;
- Colisão nas manobras de marcha à ré;
- Colisão na passagem de nível;
- Colisão com veículos pesados;
- Colisão com motocicletas;
- Colisão com ciclistas;
- Colisão com pedestres;
- Colisão com animais.
Quem precisa dominar o conteúdo de Direção Defensiva para veículos de duas rodas?
Uma dúvida muito comum é:
Cai questão sobre veículo de duas rodas na prova de quem está tirando a CNH de carro? A resposta é: sim!
Não importa se você está tentando se habilitar na categoria A ou na categoria B: Na sua prova podem cair questões de Direção Defensiva para veículos de duas rodas.
As medidas para evitar acidentes envolvendo veículos de duas rodas dependem não apenas dos motociclistas, mas de todos os usuários que dividem o trânsito com eles.
Conhecer a realidade e os desafios desses condutores é muito importante para saber a melhor maneira de ajudar a evitar esses acidentes.
Afinal, os veículos de maior porte são responsáveis pela segurança dos veículos de menor porte. Lembra?
Quais são os fatores de risco que o motociclista deve evitar?
Veja quais são os principais fatores de risco que os motociclistas devem evitar:
- Mudar constantemente de faixas;
- Transitar em velocidade incompatível com a via;
- Ultrapassar pela direita;
- Transitar em corredores de veículos (em cima das faixas);
- Não respeitar a distância lateral (1,5 m);
- Não respeitar a distância de seguimento (2 segundos);
- Ficar fora do campo de visão dos condutores dos demais veículos.
Quais são as recomendações de Direção Defensiva para motociclistas?
Veja quais são as principais recomendações da Direção Defensiva para motociclistas:
- Realizar manutenções e revisões periódicas no veículo;
- Utilizar os equipamentos de segurança;
- Usar capacete com viseira ou óculos protetores e vestuário em conformidade com as especificações do CONTRAN;
- Segurar o guidão com as duas mãos;
- Respeitar as distâncias de segurança;
- Fugir dos pontos cegos, buscando sempre estar visível nos retrovisores dos veículos à sua frente;
- Ser previsível, sinalizando com antecedência as conversões ou qualquer mudança de faixa ou direção;
- Evitar trafegar entre 2 veículos;
- Estar atento às distorções de espelhos convexos da motocicleta, pois neles os objetos parecem mais distantes do que realmente estão.