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O que fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?
Ao prestar socorro às vítimas de trânsito, é importante realizar algumas ações iniciais para garantir a segurança da vítima e a sua própria segurança.
Abaixo estão algumas orientações básicas sobre o que fazer.
Avalie o local e verifique a segurança | Avalie o local antes de se aproximar da cena do acidente e verifique a segurança do ambiente. Certifique-se de que não há risco de incêndio, vazamento de substâncias perigosas ou tráfego intenso. |
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Acione o socorro especializado | Acione o socorro especializado o mais rápido possível, informando as características do acidente e a necessidade de assistência médica. |
Mantenha-se calmo e tranquilize a vítima | Mantenha-se calmo e tranquilize a vítima, explicando que ajuda está a caminho. Seja solidário e ofereça apoio emocional até os profissionais de saúde chegarem. Ouça queixas, não minta e não dê informações que causem impacto. |
Permaneça junto à vítima | Permaneça junto à vítima em um local onde ela possa te ver. |
Solicite ajuda | Se ela estiver agressiva, solicite a ajuda de familiares ou conhecidos, se houver algum no local do acidente. |
Controle sangramentos | Controle sangramentos, aplicando pressão direta com um pano limpo ou curativo estéril. |
Proteja-se | Proteja-se com luvas ou outro material, como sacos plásticos, para evitar que suas mãos toquem no sangramento e possíveis secreções. |
Facilite a respiração e a circulação da vítima | Facilite a respiração e a circulação da vítima, tendo sempre o cuidado de não movimentá-la. Isso inclui remover acessórios como anéis, brincos e pulseiras, afrouxar a roupa e soltar o cinto de segurança. No caso de motociclistas, abra a viseira e a presilha do capacete. |
O que não fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?
Ao prestar socorro às vítimas de trânsito, é importante evitar algumas ações para garantir a segurança da vítima e a sua própria segurança.
Abaixo estão algumas orientações básicas sobre o que não fazer.
Não ofereça nada à vítima | Não ofereça nada à vítima, ainda que ela peça: Isso inclui remédios, pomadas e até mesmo água. Essa regra existe porque a vítima pode ter alguma alergia à medicação. E no caso da água, pode provocar vômito, fazer a vítima engasgar e até mesmo sofrer asfixia. |
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Não movimente a vítima | Não movimente a vítima, a menos que haja risco imediato à vida, como incêndio ou explosão. Movimentos inadequados podem agravar lesões na coluna vertebral. Aguarde a chegada do socorro especializado para uma avaliação mais segura. |
Não remova capacetes | Não remova capacetes, pois isso pode agravar lesões no pescoço e na coluna. |
Não aplique torniquetes | Não aplique torniquetes para estancar hemorragias, pois é uma ação que só deve ser realizada por pessoal treinado. |
Não realize respiração boca-a-boca | Não realize respiração boca-a-boca, essa é uma ação que só deve ser executada por especialistas e com equipamentos adequados |
Não mexa em um membro fraturado | Não mexa em um membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo. |
Não remova veículos envolvidos no acidente | Não remova os veículos envolvidos no acidente, para não prejudicar o trabalho da perícia. |
Quais são as principais etapas do atendimento?
Ao prestar os primeiros socorros às vítimas de trânsito é importante seguir as seguintes etapas iniciais:
Análise primária | Análise secundária | Verificação dos sinais vitais |
---|---|---|
A análise primária é um procedimento importante para avaliar rapidamente o estado de saúde da vítima e determinar quais medidas devem ser tomadas. | A análise secundária é uma avaliação mais detalhada que ocorre após a análise primária. | Verificar os sinais vitais da vítima é fundamental para orientar sobre o procedimento mais adequado. |
Cuidado com a pegadinha! O sexo e a idade da vítima não devem ser considerados na prioridade do atendimento.
Vamos entender com mais detalhes cada uma das etapas do atendimento.
Como realizar a análise primária?
A análise primária é um procedimento importante para avaliar rapidamente o estado de saúde da vítima e determinar quais medidas devem ser tomadas.
Aqui está uma sequência geral de passos a seguir durante a análise primária:
A análise primária é um procedimento importante para avaliar rapidamente o estado de saúde da vítima e determinar quais medidas devem ser tomadas.
Aqui está uma sequência geral de passos a seguir durante a análise primária:
Nível de consciência | Verifique se a vítima está consciente ou inconsciente, inclusive se consegue falar e ouvir. |
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Respiração | Avalie se está respirando normalmente, com dificuldade ou se não está respirando. |
Pulsação e sangramentos | Verifique se a vítima tem pulsação e se há sangramentos graves, inclusive se sangra pelo nariz, pela boca ou pelos ouvidos. |
Lesões na coluna | Avalie possíveis lesões na coluna. Se houver suspeita de lesão na coluna, evite movimentar a vítima desnecessariamente até que o socorro especializado chegue no local. |
Como realizar a análise secundária?
A análise secundária é uma avaliação mais detalhada que ocorre após a análise primária.
Ela permite uma visão mais abrangente sobre o estado de saúde da vítima.
Aqui está uma sequência geral de passos a seguir durante a análise secundária:
Cabeça | Verifique a cabeça da vítima em busca de ferimentos, hematomas, deformidades ou outros sinais de lesão. |
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Pescoço | Avalie se no pescoço há inchaços, cortes ou perfurações. Verifique também se o pescoço está rígido, o que pode ser indicativo de lesão na coluna. |
Olhos, orelhas, nariz e boca | Veja se há fluidos ou secreções nos olhos, orelhas, nariz e boca. |
Tórax | Verifique o tórax em busca de ferimentos, fraturas de costelas, objetos encravados ou dificuldade respiratória. |
Abdômen | Avalie a região do abdômen, pressionando suavemente para verificar a presença de dor, sensibilidade ou inchaço. |
Dorso | No dorso, verifique se há edemas, afundamentos ou deformidades. |
Pelve | Na pelve, avalie se há hematomas ou sangramentos. |
Extremidades | Verifique se houve amputações, cortes ou fraturas nas extremidades: dedos, mãos, pés e braços. |
Como verificar os sinais vitais da vítima?
Quem chega ao local de um acidente para prestar socorro precisa saber identificar os sinais vitais da vítima.
Essa avaliação é fundamental para orientar qual é o procedimento mais adequado.
Os sinais vitais a serem verificados são:
- Respiração;
- Pulsação;
- Pressão arterial;
- Temperatura corporal;
- Dilatação e reatividade das pupilas.
Vamos falar com mais detalhes sobre a verificação de cada um desses sinais vitais.
Respiração
A verificação da respiração é fundamental para identificar emergências respiratórias, pois indica se a vítima está recebendo oxigênio suficiente para manter o organismo em funcionamento.
Para verificar a respiração, siga os seguintes passos:
- Posicione-se ao lado da vítima, de forma a ter uma visão clara de seu tórax;
- Observe visualmente se o tórax se eleva e abaixa regularmente, indicando a presença de respiração. Também observe se há movimento dos ombros ou abdômen;
- Avalie se a vítima está respirando e se respira de forma regular ou irregular. Para isso, conte o número de vezes que ela respira em um intervalo de um minuto. Em adultos, o normal é 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto. Já em crianças, a frequência respiratória pode apresentar uma variação maior dependendo da idade;
- Se a vítima não estiver respirando ou estiver apresentando respiração ineficaz, é necessário realizar a manobra de abertura das vias aéreas;
- Nesse caso, incline a cabeça da vítima para trás com cuidado, colocando uma mão na testa e a outra sob o queixo, e eleve o queixo delicadamente para abrir as vias aéreas. Faça esse movimento com muito cuidado, para não lesionar a coluna.
A respiração artificial boca-a-boca não é uma ação recomendada desde 2010. Ela deve ser executada somente por pessoal treinado e com equipamentos adequados.
Pulsação
A verificação da pulsação é fundamental para identificar emergências cardíacas, pois pode indicar problemas no sistema circulatório da vítima.
Para verificar a pulsação, siga os seguintes passos:
- Encontre um local onde seja mais fácil sentir o pulso. Os locais mais comuns são o pulso radial (localizado no lado interno do pulso), o pulso carotídeo (localizado na base do pescoço) e o pulso braquial (localizado na parte interna do braço);
- Posicione dois ou três dedos sobre o local escolhido, geralmente o indicador, o médio e o anelar;
- Aplique uma pressão suave até sentir o pulso. Evite pressionar com muita força, pois isso pode interromper o fluxo sanguíneo;
- Conte o número de batimentos em um intervalo de um minuto. Em adultos, o normal é 60 a 100 batimentos por minuto. Já em crianças, a frequência cardíaca pode apresentar uma variação maior dependendo da idade.
Uma forma de encurtar o tempo de contagem da respiração e da pulsação é medir por trinta segundos e multiplicar o resultado por dois. Ou ainda medir por quinze segundos e multiplicar o resultado por quatro.
Pressão arterial
Assim como a pulsação, a verificação da pressão arterial também ajuda a identificar possíveis problemas no sistema circulatório da vítima.
Porém, a pressão arterial é o sinal vital mais difícil de ser verificado por um socorrista não profissional sem a ajuda de equipamentos.
O teste de perfusão capilar nas extremidades é uma forma de avaliar a pressão arterial e diagnosticar possíveis hemorragias e falhas circulatórias.
Para realizar o teste de perfusão capilar nas extremidades, siga os seguintes passos:
- Aperte a ponta do dedo da vítima por 5 segundos;
- A tendência é que a ponta do dedo fique sem coloração ou mais clara por causa da dispersão do sangue.
- Solte e observe. O normal é que o sangue e a coloração voltem em até 2 segundos.
- Se demorar mais de 2 segundos, significa que a vítima pode estar com hipotensão arterial, que é baixa tensão arterial, como consequência da diminuição do fluxo sanguíneo.
Temperatura corporal
Agora, vamos falar sobre a temperatura corporal, que é o único sinal vital que não varia de acordo com a idade da vítima.
O normal é que a temperatura corporal varie entre 36 e 37 graus.
- Quando a temperatura corporal está acima do normal, o quadro é de hipertermia;
- Quando a temperatura corporal está abaixo do normal, o quadro é de hipotermia.
Se na sua prova perguntar qual é o único sinal vital que não varia de acordo com a idade, você já sabe o que responder: temperatura corporal.
Dilatação e reatividade das pupilas
A verificação das pupilas é fundamental para avaliar o estado neurológico da vítima e ajudar a identificar possíveis lesões ou problemas no sistema nervoso.
A pupila é a bolinha preta que temos no meio do olho.
Quando estão expostas à luz, as pupilas se contraem. E quando estão no escuro, se dilatam.
Para avaliar as pupilas da vítima, é importante verificar:
- Tamanho;
- Simetria;
- Reação à luz.
O ideal é que as pupilas estejam com tamanho normal e simétricas, dilatando-se ou contraindo-se de acordo com a incidência de luz.
Caso haja alguma alteração, o problema pode ser:
Miose | Midríase | Anisocoria |
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Pupilas contraídas
|
Pupilas dilatadas
|
Pupilas assimétricas
|
As nomenclaturas dos tipos de alteração das pupilas podem cair na sua prova.
Miose e midríase são os nomes mais cobrados.
Para te ajudar a lembrar a diferença entre elas use esse macete: Dilatada começa com a letra “D”. Na palavra midríase há a letra “D”, em miose não tem. Se tem a letra “D” no nome é porque as pupilas estão dilatadas.
Como acertar a maioria das questões de Primeiros Socorros?
Regras de ouro para acertar a maioria das questões de Primeiros Socorros:
- Sua segurança em primeiro lugar;
- Proteja-se com luvas ou outro material (como sacos plásticos);
- Evite contato com sangue ou secreções;
- Boca-a-boca deve ser realizado somente por equipe especializada;
- Não ofereça medicamentos para a vítima;
- Não dê líquidos para a vítima (mesmo se ela pedir);
- Não utilize técnicas de garroteamento ou torniquete;
- Não mexa em um membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo;
- Evite remover a vítima. Se inevitável, movimente o mínimo possível;
- Não remova os veículos envolvidos para não prejudicar o trabalho da perícia.