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Socorro às Vítimas de Trânsito

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Socorro às Vítimas de Trânsito

Tópicos do artigo

O que fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?O que não fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?Quais são as principais etapas do atendimento?Como realizar a análise primária?Como realizar a análise secundária?Como verificar os sinais vitais da vítima?RespiraçãoPulsaçãoPressão arterialTemperatura corporalDilatação e reatividade das pupilasComo acertar a maioria das questões de Primeiros Socorros?

O que fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?

Ao prestar socorro às vítimas de trânsito, é importante realizar algumas ações iniciais para garantir a segurança da vítima e a sua própria segurança.

Abaixo estão algumas orientações básicas sobre o que fazer.

Avalie o local e verifique a segurançaAvalie o local antes de se aproximar da cena do acidente e verifique a segurança do ambiente. Certifique-se de que não há risco de incêndio, vazamento de substâncias perigosas ou tráfego intenso.
Acione o socorro especializadoAcione o socorro especializado o mais rápido possível, informando as características do acidente e a necessidade de assistência médica.
Mantenha-se calmo e tranquilize a vítimaMantenha-se calmo e tranquilize a vítima, explicando que ajuda está a caminho. Seja solidário e ofereça apoio emocional até os profissionais de saúde chegarem. Ouça queixas, não minta e não dê informações que causem impacto.
Permaneça junto à vítimaPermaneça junto à vítima em um local onde ela possa te ver.
Solicite ajudaSe ela estiver agressiva, solicite a ajuda de familiares ou conhecidos, se houver algum no local do acidente.
Controle sangramentosControle sangramentos, aplicando pressão direta com um pano limpo ou curativo estéril.
Proteja-seProteja-se com luvas ou outro material, como sacos plásticos, para evitar que suas mãos toquem no sangramento e possíveis secreções.
Facilite a respiração e a circulação da vítimaFacilite a respiração e a circulação da vítima, tendo sempre o cuidado de não movimentá-la. Isso inclui remover acessórios como anéis, brincos e pulseiras, afrouxar a roupa e soltar o cinto de segurança. No caso de motociclistas, abra a viseira e a presilha do capacete.

O que não fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?

Ao prestar socorro às vítimas de trânsito, é importante evitar algumas ações para garantir a segurança da vítima e a sua própria segurança.

Abaixo estão algumas orientações básicas sobre o que não fazer.

Não ofereça água - AprovaDETRAN
Não dê nada para a vítima
Não ofereça nada à vítima, ainda que ela peça: Isso inclui remédios, pomadas e até mesmo água.
Não ofereça nada à vítimaNão ofereça nada à vítima, ainda que ela peça: Isso inclui remédios, pomadas e até mesmo água. Essa regra existe porque a vítima pode ter alguma alergia à medicação. E no caso da água, pode provocar vômito, fazer a vítima engasgar e até mesmo sofrer asfixia.
Não movimente a vítimaNão movimente a vítima, a menos que haja risco imediato à vida, como incêndio ou explosão. Movimentos inadequados podem agravar lesões na coluna vertebral. Aguarde a chegada do socorro especializado para uma avaliação mais segura.
Não remova capacetesNão remova capacetes, pois isso pode agravar lesões no pescoço e na coluna.
Não aplique torniquetesNão aplique torniquetes para estancar hemorragias, pois é uma ação que só deve ser realizada por pessoal treinado.
Não realize respiração boca-a-bocaNão realize respiração boca-a-boca, essa é uma ação que só deve ser executada por especialistas e com equipamentos adequados
Não mexa em um membro fraturadoNão mexa em um membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo.
Não remova veículos envolvidos no acidenteNão remova os veículos envolvidos no acidente, para não prejudicar o trabalho da perícia.

Quais são as principais etapas do atendimento?

Ao prestar os primeiros socorros às vítimas de trânsito é importante seguir as seguintes etapas iniciais:

Análise primáriaAnálise secundáriaVerificação dos sinais vitais
A análise primária é um procedimento importante para avaliar rapidamente o estado de saúde da vítima e determinar quais medidas devem ser tomadas.A análise secundária é uma avaliação mais detalhada que ocorre após a análise primária. Verificar os sinais vitais da vítima é fundamental para orientar sobre o procedimento mais adequado. 

Cuidado com a pegadinha! O sexo e a idade da vítima não devem ser considerados na prioridade do atendimento.

Socorrista - AprovaDETRAN
Verifique os sinais vitais
Verificar os sinais vitais da vítima é fundamental para orientar sobre o procedimento mais adequado. 

Vamos entender com mais detalhes cada uma das etapas do atendimento.

Como realizar a análise primária?

A análise primária é um procedimento importante para avaliar rapidamente o estado de saúde da vítima e determinar quais medidas devem ser tomadas.

Aqui está uma sequência geral de passos a seguir durante a análise primária:

A análise primária é um procedimento importante para avaliar rapidamente o estado de saúde da vítima e determinar quais medidas devem ser tomadas.

Aqui está uma sequência geral de passos a seguir durante a análise primária:

Nível de consciênciaVerifique se a vítima está consciente ou inconsciente, inclusive se consegue falar e ouvir.
RespiraçãoAvalie se está respirando normalmente, com dificuldade ou se não está respirando.
Pulsação e sangramentosVerifique se a vítima tem pulsação e se há sangramentos graves, inclusive se sangra pelo nariz, pela boca ou pelos ouvidos.
Lesões na coluna

Avalie possíveis lesões na coluna. 

Se houver suspeita de lesão na coluna, evite movimentar a vítima desnecessariamente até que o socorro especializado chegue no local. 

Como realizar a análise secundária?

A análise secundária é uma avaliação mais detalhada que ocorre após a análise primária.

Ela permite uma visão mais abrangente sobre o estado de saúde da vítima.

Aqui está uma sequência geral de passos a seguir durante a análise secundária:

CabeçaVerifique a cabeça da vítima em busca de ferimentos, hematomas, deformidades ou outros sinais de lesão.
PescoçoAvalie se no pescoço há inchaços, cortes ou perfurações. Verifique também se o pescoço está rígido, o que pode ser indicativo de lesão na coluna.
Olhos, orelhas, nariz e bocaVeja se há fluidos ou  secreções nos olhos, orelhas, nariz e boca.
TóraxVerifique o tórax em busca de ferimentos, fraturas de costelas, objetos encravados ou dificuldade respiratória.
AbdômenAvalie a região do abdômen, pressionando suavemente para verificar a presença de dor, sensibilidade ou inchaço.
DorsoNo dorso, verifique se há edemas, afundamentos ou deformidades.
PelveNa pelve, avalie se há hematomas ou sangramentos.
ExtremidadesVerifique se houve amputações, cortes ou fraturas nas extremidades: dedos, mãos, pés e braços.

Como verificar os sinais vitais da vítima?

Quem chega ao local de um acidente para prestar socorro precisa saber identificar os sinais vitais da vítima.

Essa avaliação é fundamental para orientar qual é o procedimento mais adequado. 

Os sinais vitais a serem verificados são:

  • Respiração;
  • Pulsação;
  • Pressão arterial;
  • Temperatura corporal;
  • Dilatação e reatividade das pupilas.

Vamos falar com mais detalhes sobre a verificação de cada um desses sinais vitais.

Respiração

A verificação da respiração é fundamental para identificar emergências respiratórias, pois indica se a vítima está recebendo oxigênio suficiente para manter o organismo em funcionamento.

Para verificar a respiração, siga os seguintes passos:

  • Posicione-se ao lado da vítima, de forma a ter uma visão clara de seu tórax;
  • Observe visualmente se o tórax se eleva e abaixa regularmente, indicando a presença de respiração. Também observe se há movimento dos ombros ou abdômen;
  • Avalie se a vítima está respirando e se respira de forma regular ou irregular. Para isso, conte o número de vezes que ela respira em um intervalo de um minuto. Em adultos, o normal é 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto. Já em crianças, a frequência respiratória pode apresentar uma variação maior dependendo da idade;
  • Se a vítima não estiver respirando ou estiver apresentando respiração ineficaz, é necessário realizar a manobra de abertura das vias aéreas;
  • Nesse caso, incline a cabeça da vítima para trás com cuidado, colocando uma mão na testa e a outra sob o queixo, e eleve o queixo delicadamente para abrir as vias aéreas. Faça esse movimento com muito cuidado, para não lesionar a coluna.
Abertura das vias respiratórias - AprovaDETRAN
Abertura das vias respiratórias
incline a cabeça da vítima para trás com cuidado, colocando uma mão na testa e a outra sob o queixo, e eleve o queixo delicadamente para abrir as vias aéreas. Faça esse movimento com muito cuidado, para não lesionar a coluna.

A respiração artificial boca-a-boca não é uma ação recomendada desde 2010. Ela deve ser executada somente por pessoal treinado e com equipamentos adequados.

Pulsação

A verificação da pulsação é fundamental para identificar emergências cardíacas, pois pode indicar problemas no sistema circulatório da vítima.

Para verificar a pulsação, siga os seguintes passos:

  • Encontre um local onde seja mais fácil sentir o pulso. Os locais mais comuns são o pulso radial (localizado no lado interno do pulso), o pulso carotídeo (localizado na base do pescoço) e o pulso braquial (localizado na parte interna do braço);
  • Posicione dois ou três dedos sobre o local escolhido, geralmente o indicador, o médio e o anelar;
  • Aplique uma pressão suave até sentir o pulso. Evite pressionar com muita força, pois isso pode interromper o fluxo sanguíneo;
  • Conte o número de batimentos em um intervalo de um minuto. Em adultos, o normal é 60 a 100 batimentos por minuto. Já em crianças, a frequência cardíaca pode apresentar uma variação maior dependendo da idade.
Pulsação - AprovaDETRAN
Pulsação
Encontre um local onde seja mais fácil sentir o pulso. Os locais mais comuns são o pulso radial (localizado no lado interno do pulso), o pulso carotídeo (localizado na base do pescoço).

Uma forma de encurtar o tempo de contagem da respiração e da pulsação é medir por trinta segundos e multiplicar o resultado por dois. Ou ainda medir por quinze segundos e multiplicar o resultado por quatro.

Pressão arterial

Assim como a pulsação, a verificação da pressão arterial também ajuda a identificar possíveis problemas no sistema circulatório da vítima.

Porém, a pressão arterial é o sinal vital mais difícil de ser verificado por um socorrista não profissional sem a ajuda de equipamentos.

O teste de perfusão capilar nas extremidades é uma forma de avaliar a pressão arterial e diagnosticar possíveis hemorragias e falhas circulatórias.

Para realizar o teste de perfusão capilar nas extremidades, siga os seguintes passos:

  • Aperte a ponta do dedo da vítima por 5 segundos;
  • A tendência é que a ponta do dedo fique sem coloração ou mais clara por causa da dispersão do sangue.
  • Solte e observe. O normal é que o sangue e a coloração voltem em até 2 segundos.
  • Se demorar mais de 2 segundos, significa que a vítima pode estar com hipotensão arterial, que é baixa tensão arterial, como consequência da diminuição do fluxo sanguíneo.
Pressão arterial - AprovaDETRAN
Pressão arterial
O teste de perfusão capilar nas extremidades é uma forma de avaliar a pressão arterial e diagnosticar possíveis hemorragias e falhas circulatórias.

Temperatura corporal

Agora, vamos falar sobre a temperatura corporal, que é o único sinal vital que não varia de acordo com a idade da vítima.

O normal é que a temperatura corporal varie entre 36 e 37 graus.

  • Quando a temperatura corporal está acima do normal, o quadro é de hipertermia;
  • Quando a temperatura corporal está abaixo do normal, o quadro é de hipotermia.
Temperatura corporal - AprovaDETRAN
Atenção!
A temperatura corporal é o único sinal vital que não varia de acordo com a idade da vítima.

Se na sua prova perguntar qual é o único sinal vital que não varia de acordo com a idade, você já sabe o que responder: temperatura corporal.

Dilatação e reatividade das pupilas

A verificação das pupilas é fundamental para avaliar o estado neurológico da vítima e ajudar a identificar possíveis lesões ou problemas no sistema nervoso.

A pupila é a bolinha preta que temos no meio do olho.

Quando estão expostas à luz, as pupilas se contraem. E quando estão no escuro, se dilatam.  

Para avaliar as pupilas da vítima, é importante verificar: 

  • Tamanho;
  • Simetria;
  • Reação à luz.

O ideal é que as pupilas estejam com tamanho normal e simétricas, dilatando-se ou contraindo-se de acordo com a incidência de luz.

Avaliação das pupilas - AprovaDETRAN
Avalie as pupilas
Quando estão expostas à luz, as pupilas se contraem. E quando estão no escuro, se dilatam.  

Caso haja alguma alteração, o problema pode ser:

MioseMidríaseAnisocoria

 

Pupilas contraídas

 

 

Pupilas dilatadas

 

 

Pupilas assimétricas

 

As nomenclaturas dos tipos de alteração das pupilas podem cair na sua prova.

Miose e midríase são os nomes mais cobrados.

Para te ajudar a lembrar a diferença entre elas use esse macete: Dilatada começa com a letra “D”. Na palavra midríase há a letra “D”, em miose não tem. Se tem a letra “D” no nome é porque as pupilas estão dilatadas.

Como acertar a maioria das questões de Primeiros Socorros?

Regras de ouro para acertar a maioria das questões de Primeiros Socorros:

  • Sua segurança em primeiro lugar;
  • Proteja-se com luvas ou outro material (como sacos plásticos);
  • Evite contato com sangue ou secreções;
  • Boca-a-boca deve ser realizado somente por equipe especializada;
  • Não ofereça medicamentos para a vítima;
  • Não dê líquidos para a vítima (mesmo se ela pedir);
  • Não utilize técnicas de garroteamento ou torniquete;
  • Não mexa em um membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo;
  • Evite remover a vítima. Se inevitável, movimente o mínimo possível;
  • Não remova os veículos envolvidos para não prejudicar o trabalho da perícia. 

 

 

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